... eu até que sabia, mas não queria admitir.
Cada dia que passa mais sonho com nossa casinha na praia (casinha mesmo que não sonho com casa grande porque eu é que vou cuidar e também porque é o que poderemos ter), o terreno foi comprado quando nos casamos, antes mesmo de ter a nossa casa oficial já tínhamos nosso terreno na praia. Ainda bem que o Hommer e eu sonhamos sonhos parecidos.
Meu filho mais novo já está na faculdade e o terreninho da praia está lá a nos esperar e eu a sonhar com os dias de sol, lençóis no varal a dançar ao sabor do vento, decidir se subimos a serra hoje ou amanhã cedo, quem sabe na terça? Se meu cachorro aguentar até lá ele pode entrar no sonho, mas fico triste quando penso que ele já está aposentado e eu não (o cachorro), tomara que ele aguente.
O crochê era só um passatempo e hoje é uma atividade (sem fins lucrativos), mais para o Quadradinho Solidário do que para particularidades mas virou mesmo atividade, e sem volta. Ainda bem pois dá um prazer danado ver tanto quadradinho chegando, já temos três mantas prontas e mais uma a caminho para este ano.
Então, aos poucos descubro que tem uma Amélia morando em mim e a cada dia que passa ela se faz mais presente. Nunca fui de gostar de vida de dona de casa e cada vez mais as panelas são minhas companheiras e é um tal de bolinho, feijão, docinho e por aí vai.
Mas o que me surpreende é o prazer que tudo isso está me proporcionando. Será que estou mudando de fase?
Ai, ai, minha casinha que me espere, logo eu chego lá. Espero.